Poesias

Dos dias vãos

Os dias vãos da esperança...
fogo soprado de vãos pressentimentos...
são como cinzas na palma da mão
sob a ventania, e tudo se dissipa no ar,
o sonho e os desejos, a chuva no deserto
deste inquieto coração que não esq uece...
e os camelos encilhados que não esperam...
e tudo se extravia numa dança
que não danço por falta dos pés,
pois sou o que escuta
a morte cavar a vida
que não sei viver fora de mim.
Eu era a minha própria morte,
o grito que não nasce,
e não sabia que não há outra.


06/07/2010

 

 

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